[Entrevista] Conversa com o autor... Eleonor Hertzog

Oi Seguidores,

Como falei, o ano de 12013 será cheio de novidades e, uma delas, é o Conversa com o autor que busca trazer algumas informações e curiosidades sobre os escritores nacionais que passam aqui pelo blog.
E para iniciar temos a autora parceira Eleonor Hertzog, autora do livro Cisne, da série Uma geração. Todas as decisões (ler resenha aqui), que adianta até um trecho do segundo livro, Linhagens, que deve ser lançado ainda em 2013 (e eu fico aqui ansiosa esperando e torcendo para que saia logo)!
Confiram a entrevista que, por sinal, eu adorei!!!

Obrigada Eleonor pela entrevista e pelo quote de Linhagens!

Vamos começar?



·   YumeO que te inspirou a escrever o livro Cisne e pensar na série Uma geração. Todas decisões?
EleonorE parece uma pergunta tão fácil... (sus-pi-ro...) Talvez seja simples para quem teve UMA ideia ou inspiração e, a partir dela, escreveu um livro. Não é o meu caso. Vou “colar” da minha própria biografia, o que pode parecer meio esquisito:

“Leio desde que descobri o que eram livros; não vou dizer que escrevo desde a mesma época porque eu era realmente muito pequena. Mas, desde o primeiro livro, descobri que adorava contar histórias. No começo eram as dos livros. Mais tarde, as dos livros com alguns acréscimos. E, na adolescência, começaram a pipocar personagens, lugares e situações que não vinham de livro nenhum – estavam dentro de mim. Eu cresci, meus personagens se tornaram mais complexos. Eu aprendi, eles passaram a ver o mundo de outra forma. Tive filhos, meus personagens souberam como ser pais e mães convincentes. O enredo se tornou mais bonito e complexo e, de repente, descobri que não tinha apenas uma história dentro de mim. Tinha mundos inteiros!”

Foi bem desse jeito que o Cisne nasceu – tipo assim uma bola de neve mental, com personagens e situações se agregando ao longo do tempo. Não houve um início específico, uma inspiração exata, um marco bem determinado. “Uma geração. Todas as decisões” simplesmente existe dentro de mim há tempo indeterminado. Por que é uma série? Porque a história não cabe dentro de um livro só...


YumeEleonor, você acabou de lançar seu primeiro livro, como foi o processo de criação (metodologia/rotina de escrita adotada) e quanto tempo levou para escrever o primeiro livro?
EleonorMetodologia: pegue o que escreveu desde a adolescência e já reescreveu umas dez vezes para aprimorar, corte fora um milhão de partes com dor no coração, inclua pedacinhos (seja rígida consigo mesma: pedacINHOS, não capítulos inteiros novos quando bate a inspiração. Diga à inspiração para ir dormir, por favor, senão o livro vai ficar com 1.500 páginas) que ajudem a clarear para o pobre leitor o que para a autora é tão óbvio. Leve uns dois anos fazendo isso. Entregue para a irmã que é uma crítica feroz e para a amiga que é revisora de textos. Acompanhe a revisão. Discuta coisas que elas dizem que não ficaram claras. Revise seu original de novo, furiosamente, feito uma doida obsessiva. Quando o editor mandar o original diagramado para seu ok final, revise mais uma vez feito a supramencionada doida obsessiva até se dar por pronta.
É. Acho que é mais ou menos isso aí. Sei que tem gente com uma vida bem mais metodológica, mas não é o meu caso...


YumeSe você pudesse escolher um personagem da série como seu preferido, qual seria e por quê?
EleonorEi, ei, mães não têm filhos preferidos! Amor não se divide, se multiplica, e eu me apaixono por cada um dos meus personagens!

YumeQual foi a parte do livro que te deu mais trabalho para escrever?
Eleonor(Autora sorrindo diante da pergunta fácil)
Capítulos 1 e 2, disparado! São o começo da história, os mais antigos, os com a escrita mais travada. Precisei reescrever estes capítulos pelo menos cinco vezes cada um (é sério, e teve partes que reescrevi umas vinte vezes) antes de me dar por satisfeita com a maneira de apresentar os personagens, a maneira de as situações fluírem, o modo de usar as palavras, tudo. E olha, só quem escreve sabe a dificuldade de reescrever uma coisa trocando as palavras, mas sem tocar no enredo!

YumeE qual foi a que fluiu mais rápido?
EleonorCapítulo 20, Mundo Uno. Henry Melbourne pegou minha mão e digitou as palavras bem do jeito que ele queria. Foi fácil.

YumePercebi na leitura que você costuma explicar tudo de diferente que surge e/ou acontece com os seus personagens, inclusive achei muito interessante o fato das habilidades especiais partirem de uma propensão mental e não da magia. Como foi a pesquisa para a construção da trama da série?
EleonorRsrs, eu tentei pesquisar. De verdade! Mas a realidade acabava sempre se tornando mais espantosa do que a ficção, e meu pobre enredo ficava desatualizado! Então, um dia, me irritei, chutei o balde e decretei que a tranqueira da história era minha e as coisas iam acontecer do jeito que EU queria! E parei de pesquisar. Afinal, quando comecei a escrever, não existia celular, internet, Facebook... Na verdade, não existia nem TV colorida, se quer mesmo saber! (Sim. Jurássica! Quando criança, eu brincava com dinossauros no pátio...)
Sobre as habilidades mentais serem uma propensão mental e não magia... Tem certeza que não são? Acho que tem uma autora passando a conversa em todo mundo!


YumeVocê acrescentou algo da sua vida real na sua história?
EleonorNão. “Uma geração. Todas as decisões” é puro exercício de imaginação!

YumeO que os seus leitores podem esperar para o segundo livro da série? Pode adiantar alguma coisa? Já tem previsão de lançamento?
EleonorQuando me pediram a classificação da série, eu disse que era ficção e fantasia juvenil. Quem está lendo o Cisne, está encontrando muito mais ficção do que fantasia; mesmo as coisas fantásticas ganham uma explicação “científica”.  O segundo volume se chama Linhagens e, nele, já não é mais tão fácil catalogar tudo como cientificamente explicável. Linhagens já está nas mãos do Leo Kades, editor da Dracaena. Se tudo correr bem, deve ser lançado na metade de 2013. Posso adiantar quotezinho amigo. Quer?

Outra onda os alcançou, tremenda a ponto de parecer que todo o oceano havia se erguido ao lado deles. O Cisne era uma coisinha insignificante flutuando ao pé de um paredão interminável de água.
Eles ficaram só olhando, porque nenhuma das regras do mundo normal parecia estar valendo naquele dia. De qualquer forma, nada haveria a fazer. Ou o milagre se repetia, ou estavam mortos.
...E o mar despencou sobre eles. Lentamente. Em etapas. Como se o tempo estivesse com soluços.
Era para o Cisne ter virado. Era para terem ido todos parar no mar furioso. Era para acontecer tudo, exceto continuarem nos mesmos lugares, olhando boquiabertos o mar que entrava numa nova dimensão de encanto e magia.
Não havia escuridão. Havia luz.
A água de repente era esmeralda transparente e diamante líquido. todos, estupefatos e sem medo, viram-se envolvidos por aquela água que não era água, feita de brilhos e cintilações. Os golfinhos nadaram em torno deles, faiscando como cristais vivos, examinando um a um com seus estranhos olhos verdes. (pg. 52)

Como pode ver, já não é mais tão científico assim...

YumeQue mensagem você deixaria para os seus leitores ou aqueles que vão ler o livro Cisne?
EleonorPara os meus leitores: espero que vocês gostem MESMO de livros grandes... Eu não sei escrever pouquinho!
Para quem vai ler o Cisne: ele foi a primeira demonstração de que não sei mesmo escrever pouquinho. Mas não tem enrolação nas 832 páginas, eu juro! É que é muita história pra contar... Bjs a todos. Espero vocês a bordo do Cisne!


Ficaram curiosos para ler Cisne?
O blog, juntamente com a autora Eleonor Hertzog, irá sortear um kit lindíssimo do livro, confiram aqui e participem!

2 comentários:

  1. OLá Pri,

    A Eleonor sabe como conduzir uma trama, não é? Muito legal a entrevista/conversa!

    Bjos!!

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  2. Oi Thais,

    A Eleonor sabe sim!
    Como já disse, virei fã de carteirinha dela!
    A entrevista foi muito legal também!!

    Beijos!

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Obrigada pelo seu comentário!

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